Back to the future

nov
2009
06

escrito por | em 3minutos | 1 comentário

Com trilha sonora condizente e saudosista:

Audio clip: Adobe Flash Player (version 9 or above) is required to play this audio clip. Download the latest version here. You also need to have JavaScript enabled in your browser.

Nesses últimos meses, tive que aprender na marra com uma coisa chamada saudade. Não aquela que pode ser resolvida num telefonema, num reencontro, nesse tipo de coisa. Saudade de verdade, de coisas que não acontecerão novamente. Sinto sim muita falta do meu pai, e acho que isso não cura mesmo… a gente tem que dia a dia, aprender a conviver e de certa forma, fazer malabarismo com as emoções que vez ou outra surgem sem motivo específico. A vida está aí, e é pra ela que estamos aqui.

Recorrer às memórias é o que nos resta nessas horas. E as memórias são sim muito boas. Porque o que era ruim, pequeno, some com o tempo. Torna-se menos importante ainda do que aquilo que fez diferença, e que ajudou a crescer. As memórias frequentes são as melhores, e as mais gostosas. Trazem sim conforto, explicam muita coisa e justificam o porquê de estarmos aqui. Essas coisas nos fazem ir além da vida como conhecemos, e nos eternizam aqui. Porque se existem duas verdades imortais, elas são o amor verdadeiro, e aquilo que deixamos na vida das pessoas. O restante é secundário.

Valorizei pela primeira vez na minha vida as memórias. E pela primeira vez também tive a exata noção do que significa “pra sempre” e “nunca mais”. Não são situações gratuitas, e por isso essa noção faz com que muita coisa ganhe novo sentido. Situações extremas nos permitem sermos capazes de decidir coisas muito grandes e muito importantes em tempo mínimo, quase instantâneo. Literalmente, arrumam nossa casa (ou bagunçam de vez).

E das muitas coisas que mudaram pra mim, uma delas foi a forma de enxergar o passado, e as pessoas que fizeram parte dele. E nas idas e vindas que a gente faz (e todos nós fazemos, o tempo todo), este blog ganhou de presente o seu passado de volta. Nem todo ele, é verdade, uma vez que muita coisa tornou-se desimportante, e outro tanto não condiz com a vida que tenho hoje, e cujas lembranças que um dia foram públicas tornaram-se particulares de agora em diante – não necessitam de uma nova exposição.

Por isso, abrir novamente o baú e colocar quase oito anos determinantes da minha vida de volta à superfície não tem me causado nenhum arrependimento, muito pelo contrário. Encontrar na atitude, na mudança dos valores e na forma de evidenciar tudo isso a evolução ano a ano e o meu crescimento foi uma experiência muito gostosa, e em alguns momentos de bastante estranhamento. De momentos muito bons e muito ruins caminhando juntos, divididos por dias – às vezes, por horas.

Recordar cada etapa eterniza os momentos. Alimenta a memória. Nos faz vivos. São sete anos de vida que agora estão ali, de volta, pra quem quiser viver ou reviver cada etapa disso tudo. Eu tenho muito orgulho de ter registrado isso tudo, com erros ou acertos, frenética ou pacificamente. Lembro que não foi esse o princípio desse espaço, mas fico muito feliz que hoje sirva como fim.

Aproveitem, e se quiserem inclusive, comentem sobre aquilo que tiverem feito parte. Essa experiência somente aumentará de intensidade, e ficará ainda mais completa.

1 comment

  1. jan

Trackback e pingback

No trackback or pingback available for this article

Comente