Histórico do mês de dezembro 2009

El Rey

dez
2009
25

escrito por | em Música | Nenhum comentário

Um dos outros amores da minha vida, pra começar o ritual de sepultamento deste ano. Minha música querida, meu rock tão amado, que por vezes este ano foi confundido com imbecilidade juvenil (ter que ouvir coisas como “beber mijo é rock n’ roll pra caralho” me faz pensar que tipo de futuro essa coisa tem). Mas depois de assistir à titia Elton John lá no distante janeiro, passando pelo excelente e bem executado pop rock do keane, chegando ao maravilhoso AC/DC ao final deste ano, e ao (re) descobrir bandas e mais bandas na minha e em outras playlists, eu faço questão de encerrar o ano com uma nova velha paixão. Que faz covers maravilhosas, reinventa canções tradicionais, e traduz no verdadeiro e honestíssimo rock aquilo que nós, verdadeiros rockeiros, valorizamos nesse ritmo que tanto nos encanta: a alegria de curtir esse som que nunca cessa, e que dá uma tremenda suadeira de tanto pular.

Gracias, Maná. Novamente, uma sempre ótima revisita.

E pra molecada que bebe mijo, esse som é uma cover de José Alfredo Jiménez. “El Rey” é um clássico da música latina, do qual eu nunca havia ouvido falar até chegar aos meus ouvidos na voz do Fher. Maná, banda de verdade, a melhor das Américas, porque pela voz do Fresno, do NXZero ou da porcaria do Strike que não ia chegar mesmo. Uma função de rockeiro de verdade é fazer cover de coisa boa, e fazer um material próprio melhor ainda. Eles já vêm de mais de duas décadas, fazendo exatamente isso. Espelhem-se no que é bom, cambada de criança burra, sem repertório e revoltadinha de shopping center.

escrito por | em Casamento | 1 comentário

Pra você, que brindou o ano novo na beira do cais, e me fez rir por horas antes de começarmos dois mil e nove. E ali dividiu comigo a esperança de um momento novo, inesperado, diferente, e realizou aquelas promessas e sonhos que sempre temos nessa época do ano, e que sem vontade se perdem no tempo.

Que não teve medo de ousar começar de novo, esquecendo dinheiro, tempo perdido, problemas pequenos, e me chamou pra perto, para que partíssemos juntos, do zero. Que se apequenou pra poder crescer, e depois de um café encontrou comigo um chamado de sorte, pra um recomeço um pouco mais simples, mais rápido, mais seguro. Seguiu em frente, e aprendeu mais. Me contou seu novo dia-a-dia, e ouviu sem reclamar minhas novas histórias, os vários novos nomes, menos horas por dia, pra que pudéssemos guardar aquilo que é nosso, e nos planejar dali em diante.

Dividiu a felicidade da sua casa comigo, para que eu pudesse me apoiar enquanto vivia o período mais difícil da minha vida, que viria em seguida, e lá estava você, pra me segurar, levar no colo, subir e descer a mais alta das ladeiras sem me deixar cair. Esteve ao meu lado, suportou meus pesadelos, minhas fichas caindo, me acalmou pra que pudéssemos sonhar de novo. E sonhamos, e corremos atrás.

Você me ajudou mais uma vez, fez vermelho virar azul, impulso virar disciplina, e sonho, realidade. Assinamos nossos nomes no mesmo papel, encontramos nosso canto, lembramos que tínhamos mais a fazer, e hoje estamos aqui, planejando a celebração da nossa vida, que já virou uma, mas que ainda precisa de umas graças pra gente poder lembrar disso tudo com a mesma alegria com que hoje, eu te escrevo essa carta aberta.

Porque num cartão de Natal, num dia do ano, num pedacinho de papel não caberia o tamanho da minha felicidade por ter você ao meu lado. Muito menos os detalhes dessa história bonita que você faz questão de escrever comigo: eu, pro mundo, e você, pra mim. Então toma, porque hoje eu escrevo só pra você.

Obrigado por ser o meu melhor presente. Eu te amo muito, mesmo. E a gente vai casar daqui a pouquinho. Ah, e se eu nunca te fiz um pedido oficial (porque a gente não é muito mesmo de ensaiar essas coisas nem tomar o caminho mais comum pra tudo), eu faço agora:

– Casa comigo, amorzinho?

Um beijo pra você (e vê se dessa vez comenta aqui, pra ninguém ficar me perguntando o que raio você respondeu…), e eu tenho certeza de que por essa, você não esperava.

:)

Apenas diferente

dez
2009
22

escrito por | em Vidinha | 4 comentários

Não será um feliz Natal. Está vazio, com uma lacuna enorme, impossível de ser preenchida. Não sei se quero que toque a música de todos os Natais, aquele Jingle Bells do Fischer Choir que eu ouço desde pequeno, e que quando não tocou na única vez em que tentamos mexer nas tradições familiares o Natal pareceu somente mais um dia. Esse Natal será exatamente assim. Faltará um abraço, o que mais comumente chorava com a música, e que mais se importava com essa época do ano. Não haverão presentes, pois eles não são necessários.

Outros Natais virão. Melhores, felizes, repletos de cores, abraços, carinhos e perfumes. Mas esse aqui, eu passo. Porque mesmo com todas as conquistas gigantes que 2009 trouxe, mesmo com a promessa de uma vida nova, e de uma nova família – aquela da qual serei eu o cabeça, ao lado da minha pequena – isso acontece a partir de janeiro. Com votos renovados, com novas e definitivas esperanças. E com um desejo enorme que o ano que nasce seja de ganhos, e não de perdas. Porque as desse ano, não há espírito natalino que conforte.

Espero que não seja ruim. Apenas diferente. E que esse estranhamento, a saudade, e o aperto, tudo isso se resolva com os anos. Nesse momento, que dê lugar ao carinho de tentar compensar uma ausência que não há quem substitua. Estaremos todos juntos, nos fazendo o bem que tanto queremos e que sempre quisemos. Que venham os dias melhores, e tenho certeza, eles virão.

Tem sido assim…

dez
2009
15

escrito por | em Apartamento, Casamento | Nenhum comentário

…ontem estávamos conversando sobre um sono que não passa, um cansaço esquisito. Não é esquisito, mas sim muita coisa pra se preocupar: organizar as comemorações do casamento, planejar datas, listas, não esquecer ninguém, guardar dinheiro e só gastar o que é possível, pesquisar preços e vantagens, fugir das arapucas, negociar as pendências, não acumular dívidas, readequar nossas vidas à realidade que se aproxima. Isso tudo sem esquecer do nosso cotidiano, e da nossa vida nesse instante.

Tem sido esse o resumo da experiência de se casar e comprar um apartamento. Tudo ao mesmo tempo. Portanto, não estranhem certos hiatos, nem ausências. E mesmo com nosso esquema alternativo e diferente de realizar tudo isso, a correria aparentemente é a mesma. Dá trabalho, mas é gostoso demais.

Posts novos assim que possível.

escrito por | em TV | Nenhum comentário

De novo, esse filho da puta desse câncer. Aos poucos, vão-se os ídolos. E esse era dos bons. Valeu Dalborga. Vai mijar pelo dedão do pé e peidar pra muzenga lá no colo do capeta…

escrito por | em Ilustração | 1 comentário

…sem boicotes, nem sacanagens ou trabalhos surrupiados na surdina. Sem problemas de briefing, sem prazos medíocres, com liberdade criativa e sem medo que eu passe por cima. Meu trabalho (e cada vez confio mais nisso) normalmente dá nisso: ele vende. Com ele, eu sou feliz de verdade.

E o almoço de hoje me deixou ainda mais confiante nisso, e no futuro que ele terá.

escrito por | em Vidinha | Nenhum comentário

O ano que passou (ainda passa) foi de muitas conquistas e algumas transformações excelentes. Mas as coisas ruins que aconteceram nos últimos 12 meses foram as piores possíveis. Para 2009, 27 dias. Para mim, 58. Que cheguem logo os 30, porque essa beirada de precipício está insuportável (e parece insistir em não acabar).