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Quase voando

out
2011
04

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | 1 comentário

15/set/2011 – dia 1
São Paulo/Santa Cruz de la Sierra/La Paz

Fato é que chegamos ao aeroporto por volta das 13h15. A Mel chegou um pouco depois, culpa de morar quase no Chipre (a distância relativa de Interlagos a Cumbica é equivalente). Mas de certa forma, isso possibilitou que eu e a Debs já tivéssemos a primeira surpresa da viagem logo de cara.

[Mel]
Interlagos não é tão longe assim, mas o problema é o trânsito. Momento de sabedoria: Você não está preso no trânsito, você É O TRANSITO.

Fomos trocar nossa graninha pelos ínfimos e míseros bolivianos (sim, esse é o nome da moeda deles… piada pronta desde antes do embarque). Mas não, não há bolivianos em Cumbica. Por sinal, a besta da menina da casa de câmbio nos forneceu, num lapso de inteligência, “bolívares venezuelanos”. Com a graça de Deus, a Debs presta atenção e lê as coisas, exigindo nossos Reais de volta, e com isso tínhamos como primeira certeza da viagem que nossa escala em Santa Cruz de la Sierra serviria também para o abastecimento pessoal das primeiras 600 moedas locais*.

*Nota: como correntista Bradesco (Glória, Deus), eu poderia sacar diariamente 600 pesetas locais onde estivesse (600 dólares nos USA, 600 libras no Reino Unido, 600 bolivianos na Bolívia, 600 soles no Peru, onde a comparação entre os dois primeiros e os dois últimos exemplos é necessária, uma vez que dólares e libras valem bastante, e bolivianos e soles não valem quase nada). Essa explicação didática vai esclarecer muito das aventuras presentes nessa viagem, onde as jogadas monetárias determinaram rumos bizarros e alguns litros de suor.

[Mel]
Meu nome é Melissa, e eu sou correntista do Santander, o pior banco do mundo que, além de cobrar taxas abusivas, mente para o cliente prestes a viajar para um destino internacional. Responsabilidade é tudo!

Obviamente eu não poderia deixar de contribuir na emoção do embarque, esquecendo meu RG em casa e com a graça divina trazendo meu passaporte no lugar. Sim, dei um rabo do tamanho de um jacaré, e após um diz-que-me-diz com a atendente da Aerosur, assumi a cagada e minha nova identificação numérica, a qual até então sequer havia tomado conhecimento desde a expedição. Sorte ou azar, fato é que o menino ficou todo bonito depois da viagem, como vocês podem notar.

[Mel]
Alguém consegue me explicar, quem, em sã consciência esquece o RG em casa antes de viajar?

Fomos então, eu, Debs, Paquinha e Mel, separados após um check-in de última hora e uma correriazinha básica no embarque (MelCorre negada – parte 1). Ah sim, vale registrar que a única barrada no baile na verificação de bagagem, que carregava uma perigosa embalagem de creme para alguma coisa que eu não sei o que era, e cujo mesmo foi barrado e enviado de volta às mãos do meu irmão.

E também fui lembrado pela Mel sobre o bloqueio técnico de seu desodorante, o que lhe valeu a fama de fedida atribuída pela Debs, e que certamente perdurará ad eternum.

[Mel]
Detalhe que barraram meu desodorante, mas o body splash com 150ml não! Vai saber né? Logo, a teoria do FEDIDA NA VIAJEM, caiu.

Tudo em dia, simbora pro avião.

E foi assim…

out
2011
03

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | 5 comentários

…nós viajamos. Em quatro pessoas: eu, Debs, Paquinha e Mel.

E o relato será o mais completo possível. Da viagem, e de tudo de bom que ela nos trouxe. Foram dezessete dias intensos o suficiente para que algumas coisas ainda não tenham sido devidamente assimiladas. A grandiosidade da vida, do mundo, e a completa insignificância da gente perante um planeta tão grandioso que mesmo em nosso continente nos sentirmos completos iniciantes numa vida que já nos vai levando há décadas.

Pudemos sentir da pele uma diferença assombrosa que separa São Paulo de La Paz. Nos sentirmos modernos demais para uma história que há muito já existe – numa época em que sequer colônia éramos – escrita nas paredes e ruas de Cusco. Nas estradas entre os dois países – Bolívia e Peru – nos deparamos com cenas que nem mesmo nos livros de História poderiam ser mais encantadoras, e às vezes, chocantes até. Redescobrimos um universo. Vivemos na realidade aquilo que desde sempre vimos somente em fotos. Machu Picchu é sim real. Linda. Enorme. Alta. Viva. Mais que ela, o sol que nasce pra todos, todos os dias, surgiu pela primeira vez num universo branco e gelado, em meio ao nada. E foi lindo. Foi absolutamente perfeito.

Será uma história contada em vários textos. Cuidadosos, porque perder os detalhes é atropelar nossa própria história, onde os segundos de cada dia foram vividos em sua plenitude. Nada parece mais adequado do que começar esse relato dizendo aquilo que resume o sentimento de uma viagem como a que tivemos:

– obrigado.

Pela oportunidade de entrarmos de cabeça num mundo tão real e ao mesmo tempo, tão lúdico. Por realizarmos sonhos, enfrentarmos desafios pessoais, mudarmos de rumo. Por sermos capazes de valorizar algo que não se resume somente a um bocado de fotos e milhas no passaporte. Fomos além. Entendemos o que lugares tão diferentes, e às vezes até difíceis, são capazes de significar para toda uma vida. Obrigado Dé, por ter sonhado e aberto a boca, nos contado e nos levado pra dentro do seu peito. Obrigado Paquinha, por ter topado essa loucura e não ter amarelado nos degraus projetados para Incas, e não para mães. Obrigado Mel, por ter cuidado da minha mãe, da minha esposa e dividido com ela a possível experiência mais grandiosa da vida dela (e que eu não teria sido capaz de fazer sem ser resgatado por um helicóptero ao final do dia). Foi lindo. Foi foda mesmo. E eu vou começar a contar pra todo mundo jajá.

Malas prontas

set
2011
14

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | Nenhum comentário

Num churrasco, há muito tempo, surgiu o papo. Debs e Lu estavam nele, e num momento todos queriam ir a Machu Picchu. Todos se empolgaram, e o assunto, assim como nasceu, morreu naqueles ímpetos de sonhos coletivos que a gente vive por alguns instantes e desaparecem em seguida. Mas eu lembro, e até fotos eu tenho desse tal encontro.

Passaram-se (muitos) anos.

Amanhã ambas embarcam. Eu, que casei com uma delas, também. Minha mãe, idem. Lu sempre carrega a Sol – que topou a empreitada, e eu há pouco mais de ano carrego a Mel. Foram meses e meses de um aprofundamento absurdo nesse sonho que começou coletivo e de fato agora se realizará coletivo, mesmo que sejam coletivos diferentes. Não importa.

Nesse meio tempo, venho tentando descobrir o que será essa viagem na minha vida. Porque tem gente que viaja de um jeito relativamente fácil, e nem sempre se empolga tanto com uma nova empreitada. Não é meu caso. Estou indo novamente sob a sombra do desemprego (duas viagens até agora, e ambas assim – porque emoção não falta, né minha gente?), e nem um pouco preocupado com isso. Lembro bem do que foi o impacto de pisar fora do país pela primeira vez. Que se dane se era no país vizinho, fato é que foi espetacular – e mesmo em somente oito dias, poucas foram as vezes em que pude contar tantas histórias acumuladas num período tão pequeno de tempo. Conquistamos uma nova oportunidade. A minha segunda.

E meus significados aos poucos foram surgindo, tão óbvios que citá-los me parece redundante. O maior de todos, sem dúvida, é estar próximo de tanta gente querida em lugares absolutamente espetaculares; dividir minha primeira grande viagem após o casamento, numa pseudo lua-de-mel tardia mas especialíssima; inaugurar minha mãe ao mundo, 64 anos após esse mesmo mundo tê-la recebido; inaugurar também a mais nova e nesse momento mais próxima amiga da mesma maneira; ladear a pseudo-irmã de cabelos coloridos em locais capazes de nos unir ainda mais; aprender um pouco da latinidade sempre exaltada pela chileninha estando junto dela; reencontrar a outra amiga chilena no meio da viagem, e conhecer um novo amigo pelo caminho. São óbvias essas percepções, mas relembrá-las mesmo antes de embarcar já deixa essa nova conquista ainda mais especial.

De tudo isso, uma coisa já aconteceu: o vício pela vida. O mesmo que a Debs me mostrava a cada nova descoberta, fosse onde fosse a pesquisa, a qualquer momento. O valor de uma inquietude que nunca tive alimentada em meus sonhos, ela trouxe. E trouxe com força. Mostrou ser possível sonhar E realizar, mesmo que para que essa soma se tornasse possível meses de esforço fossem necessários. Nenhum esforço é em vão, e a prova está aí, a poucas horas de tornar-se história. E da mesma maneira, esse sonhar junto que hoje a gente vê no que dá nunca esteve atrelado a rótulos: namoro, casamento, fosse o que fosse, tive nela a base do conciliamento entre planejamento e execução. De um sonhar contínuo que renova espírito(s) todos os dias. E hoje, vendo que tudo o que cogitamos, planejamos, adaptamos e executamos está aí, pronto a acontecer, só me mostra que sim: é possível, pequenininha. Olha a gente aí, voando de novo.

Então fica assim: meu último texto por aqui nas próximas quase 3 semanas. Um período sabático se inicia agora, quando ao lado de cinco pessoas que eu posso entregar amor, carinho e essência sem meias-palavras, vou lá viver essa experiência que foi citada aqui mesmo, nos primeiros minutos desse ano. Não é somente um tempo pra mim. Mas sim, alguns dos possíveis dias mais marcantes das nossas vidas. Um sonho coletivo, mas cujas imagens cada um vai guardar do seu jeito.

Falta um dia. E em breve, cada um dos outros 17 seguintes eu faço questão de descrever, derramar e esmiuçar por aqui, daquele mesmo jeito que fiz há quase 3 anos. Possivelmente de uma maneira ainda melhor, e mais compartilhada. Fico feliz que palavras não sejam capazes de quantificar essa experiência: só isso já prova o quanto ela é especial. E vem sendo, desde novembro, quando pela primeira vez conversamos, eu e a Debs, sobre isso.

Taí. Agora é pra valer. Até a volta, molecada.

As estradas

ago
2011
22

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011, Vidinha | 1 comentário

Ontem e anteontem pudemos viver mais algumas migalhas pré-viagem. E nas conversas que têm surgido, dúvidas e questionamentos dão o tom de nossas pautas. Variamos entre as curiosidades: um lê e indica, outra, começa a se perguntar sobre hábitos e necessidades dos quais nunca tivemos contato e sequer imaginávamos ter, mais uma procura e envia fotos e mais fotos, outra conta histórias de infância e amplia ainda mais nossos horizontes. As coisas fluem, e as lacunas que se multiplicam pouco a pouco são preenchidas com um misto de curiosidade e ânsia por conhecimento e repertório. Somos testados a todo instante por nós mesmos, e justamente essas dúvidas nos mostram a cada instante o quanto não sabemos nada. Sim, somos ínfimos perante a grandiosidade de um mundo repleto de vidas qua sequer imaginamos ter contato um dia. Damos um passo de cada vez, e notamos que certas distâncias são de fato gigantes, mas o contato com essa estrada não nos cansa – pelo contrário, nos incentiva a, passo a passo, descobrir o que cada novo avanço nos reserva.

Admitir nossa própria ignorância, não nos conformarmos com ela, e buscar esse conhecimento que notoriamente não possuímos. Isso é o que nos move. Não somente o fato de estarmos presentes num cenário espetacular. Muito menos a presença dos amigos. Mas sim encontrar nesse conjunto uma oportunidade enorme de dividir e multiplicar uma experiência que nos fará mais vivos e prontos a dar um próximo passo. Ainda temos muito fôlego, e todos nós, muito tempo. A vida só é curta pra quem não sabe valorizar cada um de seus dias, de suas horas, de seus minutos. Estamos prontos para essa plenitude, e insaciáveis por novos caminhos. Têm sido assim esses dias: de satisfações pessoais, de momentos coletivos, de histórias compartilhadas. Estamos aumentando nossas famílias com o que de melhor essa vida nos oferece: as pessoas. Eu faria aqui uma contagem regressiva, mas certamente ao seu final, uma nova começa. Quem pisa na estrada sempre quer voltar. Afinal, se o mundo dá voltas, por que eu me conformaria em ficar parado?

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | 3 comentários

Duas de cinco casas. Uma padaria. Um mercado, um café, um shopping center, uma loja de material esportivo. Três almoços, dois jantares e uns vários quitutes. Algumas compras: de roupas, comida, taças, passagens, entradas. Planilhas: listas do que fazer, como e quando, transportes, acomodações, o que levar, o que deixar aqui. Novidades na língua, nos pratos, nos hábitos, nos sonhos. Possibilidades, encontros e desencontros. Uma desistência quando éramos sete. Um retorno e agora somos 8 por dois dias. Três idiomas (ou quatro, se considerarmos a mistura de dois deles). Dois países, visitando outros dois países. Planos que deram certo. Planos que não deram, mas que fizemos caber. Várias piadas internas, diversos causos, muito que já foi dito, muito que ainda será. Seis pessoas. Apenas eu de voz grossa. Cinco meninas: a esposa, a mãe, as amigas que já são família também, então desconsideremos rótulos. Dias (ou melhor, semanas – meses) de planejamento. Fichas caindo. Sonhos surgindo.

As coisas vão tomando forma, e agora podemos nos orgulhar que absolutamente tudo está encaminhado. Na cabeça e dentro do peito, uma sensação espetacular de que estamos de fato vivendo uma coisa nossa, e “ser” esse “nós” já parece tão natural e intenso que fica difícil imaginar esse objetivo, nascido num distante novembro de 2010, sem qualquer uma dessas pessoas. Contas e equações que couberam. Empregos que se mudaram, ou deixaram de existir. A vida de fato muda de uma forma que foge ao nosso controle. Tudo isso já é nossa viagem, mas poderemos chamá-la de nossa de fato quando, ao mesmo tempo, todos nós sentirmos as nuvens debaixo de nossos pés.

Faltam 30.

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | 1 comentário

Cusco foi o berço do Império Inca e a cidade mais significativa de toda a cultura Inca, além de levar a fama de ser a cidade mais bonita e interessante desse roteiro.

Cusco fica a 3.360m de altitude e por isso se faz necessário um pequeno período de aclimatação antes de partir com toda a voracidade que a cidade merece…

Onde ficar

Pariwana – indicação que agradou muito
Torre Dorada – #1 no tripadvisor
Rumi Punku – #6 no tripadvisor

O que fazer

Cusco é a cidade com mais lugares para se visitar e por isso achei interessante esse boleto.
É basicamente um ticket válido para 16 atrações em 10 dias e que custa S/130 (aprox. R$ 80,00). De acordo com o guia, em vários dos sitios arqueológicos não há como adquirir o ingresso na porta e mesmo que fosse possível, sairia mais caro do que esse valor.

Os circuitos do boleto resumem o que há de mais bem recomendado em Cusco e pelo que entendi uma semana entre Cusco e Machu Picchu dá pra aproveitar bem o lugar.

to be continued…

First things first

jan
2011
13

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | 3 comentários

Planejar uma viagem não é nada facil. Ainda mais para uma pessoa focada e decidida como eu…

Tudo começou com um roteiro muito sólido e redondinho de uns 7 a 10 dias, coisa simples!
Pesquiso uns assuntos aqui, leio uns textinhos ali… depois de mais ou menos dois meses de leitura eu tenho agora nenhum roteiro, milhares de lugares novos que despertaram minha curiosidade e idéia nenhuma de como juntar TUDO isso em menos de 25 dias.

Assim sendo, pretendo expor todas as minhas idéias e angústias, bem como meus planos, para que tudo isso deixe de ser só meu, até porque, eu não pretendo viajar sozinha… a opinião dos que me acompanham são necessárias e bem vindas (e não só dos que me acompanham).

Quando ir?
O inverno é o período menos chuvoso, consequentemente permitiria melhores visões e mais atividades externas. De maio a outubro (período mais seco) o que mais me chamou a atenção foi a Inti Raimi (acontece no dia 24/JUN), festa mais popular do Peru, originada da tradição inca e em homenagem ao Deus Sol. Pra falar bem a verdade, o ritual em si (e a multidão que ele atrai) não me interessa tanto, mas a oportunidade de participar de uma festa tradicionalmente inca tão de perto me fascina.

Onde ir?
A princípio mantenho os destinos originais do meu roteiro, mas a idéia é ir barganhando e convencendo ao longo do caminho para ver o que acontece com os outros destinos.

Peru
Cuzco
Aguas Calientes
Machu Picchu
Puno
Lago Titicaca

Bolívia
Lago Titicaca
Copacabana
Isla del Sol
Uyuni

Depois vou mostrar o que eu já achei de cada um desses lugares, hotéis, restaurantes, valores, comidas, bebidas, atrações e tudo mais…

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | 4 comentários

Obviamente alguma preparação sempre é exigida quando você quer se enfiar num lugar desconhecido durante determinado tempo (sim, isso foi uma frase de duplo sentido). Sábado, após nos aventurarmos em outra empreitada que, quem sabe daqui a pouco eu conte qual foi por aqui, fomos buscar nosso primeiro guia pra viagem. E lá na Saraiva, encontramos esse:

Que parece ser bom, dadas as primeiras leituras (no banheiro – adoro leituras rápidas). Apesar da gente não fazer mochilão, a viagem tem sim por objetivo principal o desfrute das paisagens desgraçadamente lindas que estamos planejando, e a aproximação com os locais faz parte desse processo. Demos uma olhada em outros 2 ou 3 guias com o mesmo destino, mas eram apenas dicas de onde comer, onde ficar e onde ir. Aquela coisa “modelo americano” de viagem de consumo, uma coisa meio besta e bastante impessoal. Não é esse o objetivo.

Falando em guias, uma prateleira INTEIRA só pra Buenos Aires. Definitivamente descobrimos a capital dos hermanos, e todos os seus (muitos) encantos. Sim, é bem melhor do que ir pra praia – ao menos, no meu ponto de vista…

Quando fomos a Buenos Aires, usamos dois guias: um mais próximo desse modelo mochileiro, e outro naquele modelo “O Melhor de Buenos Aires“, que quase não foi usado. O melhor jeito de viajar é começando com impressões gerais de quem já foi ou conhece. Essa coisa de dica de revista normalmente te joga nos lugares de sempre, lotados de turistas e grupos que fazem sempre a mesma viagenzinha insossa e sem graça. Não é por aí… a coisa é dar umas cabeçadas mesmo, e voltar pra cá falando sobre coisas que normalmente não são as mesmas da maioria. Nem sempre a gente consegue, mas o primeiro esforço já está sendo feito com o repertório adquirido. O que pintar de bom (e de ruim) no tal livrinho – e em algum ou alguns outros que virão até lá – eu pingo por aqui.

Começa agora

jan
2011
01

escrito por | em [Viagem] Peru/Bolívia 2011 | 11 comentários

Era uma das tantas noites de férias caseiras da Debs. Cheguei em casa, tomei meu banho, e pouco depois ela me conta que andou pesquisando uns custos de viagem durante o dia. E em seguida, a tal viagem pesquisada ganha nomes: Peru e Bolívia. Uns dias antes a tal coceirinha de viagens tomou forma no corpo da pequena, vendo fotos do Deserto de Sal da Bolívia, que estavam numa página de Facebook de um dos amigos dela. Eu mesmo vi as fotos, mas não havia associado uma coisa à outra – achava que o único deserto de sal era aquele americano, onde todo ano fazem testes de velocidade extrema com protótipos. Pois muito bem: a percepção de conhecimento restrito me bastou para topar a empreitada e aumentar um pouco mais os nossos limites da já tão querida América Latina.

Então, trocamos as resoluções de ano novo por um planejamento iniciado já em novembro, mas publicado somente agora. Algumas pessoas já souberam dos nossos planos – e querem fazer parte deles. Não temos datas definidas, nem hotéis reservados. Porém, a Dé já tem um roteiro básico planejado: Machu Picchu, Cusco, Lago Titicaca, Salar de Uyuni… nomes que serão bastante falados por aqui em 2011. E diz a lenda que até mesmo a pequena haverá de escrever de vez em quando por aqui (coisa que eu quero – e muito – ver). O processo num todo será muito legal, e tenho certeza, a viagem idem. E dessa vez, eu convido os possíveis interessados nessa viagem a fazerem parte da brincadeira toda. Que começa aqui, e tem como destino alguns dos lugares mais bonitos do planeta. Um pouco mais dessa nossa imensa, apaixonante e intensa cultura. Aos que possam se interessar, sejam bem-vindos. Aos que só quiserem acompanhar, idem. Tenho certeza, não existe melhor forma de começar um ano do que essa.