Arquivos da categoria "‘[Viagem] Argentina 2008/2009’"

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26/dez/2008 – dia 1
Ezeiza, Buenos Aires

Fizemos um diário durante a nossa viagem. Isso é uma dica muito bacana pra quem está saindo do país sem saber pra onde vai nem como vai se virar. Nele, colocávamos ao final do dia todas as nossas despesas e saques (é muito importante guardar notas fiscais e afins durante a viagem pra não gastar mais do que se deve quando o assunto é uma moeda mais fraca do que a nossa – a empolgação é inevitável, acreditem), e também anotávamos o que aconteceu durante cada um dos dias. Esse bloquinho serviu de base pra pontuar todos os textos que escreverei por aqui nos próximos dias. Além de servir de excelente recordação de tudo o que a viagem teve, e que pouco se perca nessa nossa memória nada confiável.

Mais um toque: todos os valores expressos aqui nestes posts em $ são em pesos argentinos.

O vôo pela Aerolineas não é ruim. Pelo contrário, foi de certa forma bastante agradável, sendo que o lanchinho de bordo dos chicanos foi um macarrãozinho com presunto honesto. Mas eu não costumo relatar com fidelidade meus sentimentos e reações com decolagens e aterrisagens. Fora que ver aquela asa tremendo, os tec-tecs do avião e aquela altura considerável me faz suar frio, e muito.

Mas enfim, voamos… E logo de cara, encarar aeromoças e aeromoços hablando español já dá um friozinho na barriga. Pensa-se “Ok, o idioma é próximo e eles entenderão meu Português”. Depois de chegar e se acostumar com isso, você vê o quanto é incômoda essa situação, que depois se torna divertida, empolgante, e por último, enfadonha – naquela hora em que o que você mais quer é voltar pra casa. Mas o portunhol é um assunto pra daqui a alguns posts…

Chegando ao aeroporto de Ezeiza, notamos a primeira dificuldade: pegar um táxi sem nos arrebentarmos com notas falsas, rolês desnecessários ou coisa que todo turista cabronho está sujeito. Na Argentina, oferece-se o serviço de remises, que são carros de frota que possuem uma bandeirada de valor fixo, estipulado antes da viagem, que permitem que você se sinta um pouco mais seguro quanto a chegar ao lugar certo sem maiores problemas. Fomos até um dos guichês disponíveis no desembarque e pedimos um, pela bagatela de $110,00, até o bairro da Recoleta, onde ficamos hospedados.

Detalhe importante: o senhor que levou nossas malas até o carro já pediu uma propina (gorjeta) logo de cara. É costume dos caras. Adquira assim que possível moedas de $1 e notas de $2 pra não ter que agüentar biquinho alheio…

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26/dez/2008 – dia 1
Guarulhos, São Paulo

Chegamos cedíssimo ao aeroporto de Guarulhos via Airport Bus Service (que saiu 5 minutos antes do horário previsto – um bom aviso aos que costumam achar que todo serviço tolera atrasos). Não tendo trocado um Real sequer nas casas de câmbio brasileiras, encaramos a taxa 1/1 das casas do aeroporto.

Durante a troca no Banco Safra, fomos alertados insistentemente (e até com um folhetinho) quanto à grande demanda de notas falsa de Pesos Argentinos que passam aos turistas que visitam o país. Fomos alertados, e o funcionário do Banco até tentou mostrar o que diferencia uma nota verdadeira de uma falsa. Mas pra você (e nós), marinheiro de primeira viagem que nunca viu um Peso em mãos, receber uma nota nova e alta nas mãos não ajuda muita coisa. Por isso mesmo, resolvemos fazer a fotinho que vai ajudar você, turista brasileiro, a identificar imediatamente uma nota autêntica. Perceba ao alto, nos números do canto esquerdo, que a nota dos hermanos possui uma impressão com brilho. Sim, isso mesmo – a nota deles tem um tipo de gloss – coisa que todo são-paulino deve achar fofa e super. Clique para ampliar, assim como todas as outras fotos que futuramente farão parte deste especial portenho:

Além disso, pedem pra atentar à qualidade de impressão, à marca d’água, ao fio prateado de segurança nas notas de 50 e 100, mas de todos os ítens apontados, certamente esse é o que mais facilmente pode ser notado (e o único que de fato todo argentino olha na troca – e olha MESMO, portanto não se acanhe de olhar também).

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…quando eu e a Debs estávamos empregados, ganhando relativamente bem e insatisfeitos com nossos empregos mesmo assim (porque grana não é tudo, e satisfação pessoal é coisa necessária na vida da gente). Algumas semanas antes, conversando com Vanessinha quando ambos estávamos na Anydesign (estávamos, porque ambos já fomos, apesar do meu perfil ainda constar no site da agência, justo a todos os outros finados), veio o papo de passagens a preços promocionais pelas Aerolineas Argentinas para a virada de ano. E com alguns ajustes e a ajuda da mentora, concretizamos a compra. Dali em diante, foi só planejar…

Completávamos um ano de namoro no dia 2 de julho, quando o primeiro pertence para a viagem foi adquirido: um guia “O Melhor de Buenos Aires” (Ed. Abril). Pouco depois, com a dica da Cris, comprei o “Guia Buenos Aires para Brasileiros” (DBA). O primeiro com dicas gerais muito boas, mas um glossário ainda mais bacana, que ajudou horrores principalmente nas traduções emergenciais de menus portenhos. O segundo, uma tremenda mão na roda para não cair em roubada e gastar horrores com coisas relativamente simples. Pra orçamentos curtos ou moderados, indispensável.

Daí em diante, passamos pelos processos tradicionais de quem não fecha pacote e tem que se virar: liberamos cartão em banco (etapa IMPORTANTÍSSIMA, que será dissertada num post especial), reservamos hotel, conversamos muito com os amigos que já passaram pela cidade, pegamos trocentas dicas, algumas encomendas, e encaramos a jornada.

Partimos dia 26, logo cedo. Mas quando a viagem começa, outro post também. Portanto este aqui, dos preparativos, termina aqui.

Dos Mil Nueve

jan
2009
04

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Antes de qualquer coisa, um feliz 2009, de tréguas, paz e muita inteligência.

Voltamos de Buenos Aires hoje pela manhã. Experiência absurda e fantástica, que certamente potencializa-se ainda mais tratando-se de duas pessoas que nunca haviam saído do país pelas próprias pernas. Muitas, mas MUITAS histórias mesmo. Tudo devidamente anotado, pontuado, fotografado e às vezes até filmado. Temos muitas recordações, muita trancaria adquirida que será guardada numa caixinha de saudosismo, que quando vista novamente daqui a alguns anos, certamente trará risadas renovadas. Vou pontuar nossa viagem de nove dias por terras argentinas aqui em uma série de posts que começa em seguida e não tem hora pra terminar. Parágrafos, linhas, fotos, vídeos, não importa. Importa sim é viver e reviver uma experiência que a gente leva pro resto da vida, bate no peito e sente muito orgulho de ter corrido o risco.

Nas próximas linhas, muito dessa experiência.